Aliança Davídica - 4
A Aliança Davídica – Quarta Parte
3. A que se relaciona a aliança?
a) Às pessoas de Davi, Salomão e seus descendentes: “...também o Senhor te faz saber que ele, oSenhor, te fará casa. Quando teus dias se cumprirem e descansares com teus pais, então, farei levantar depois de ti o teu descendente, que procederá de ti, e estabelecerei o seu reino. Este edificará uma casa ao meu nome, e eu estabelecerei para sempre o trono do seu reino. Eu lhe serei por pai, e ele me será por filho; se vier a transgredir, castigá-lo-ei com varas de homens e com açoites de filhos de homens. Mas a minha misericórdia se não apartará dele, como a retirei de Saul, a quem tirei de diante de ti. Porém a tua casa e o teu reino serão firmados para sempre diante de ti; teu trono será estabelecido para sempre” (2 Sm 7.11-16).
b) Além das pessoas, diz respeito ao trono: “Este edificará uma casa ao meu nome, e eu estabelecerei para sempre o trono do seu reino... Porém a tua casa e o teu reino serão firmados para sempre diante de ti; teu trono será estabelecido para sempre” (2 Sm 7.13,16).
O Salmo 89 fala do trono de modo muito especial: “Para sempre estabelecerei a tua posteridade e firmarei o teu trono de geração em geração” (v.4). “Farei durar para sempre a sua descendência; e, o seu trono, como os dias do céu” (v. 29). “A sua posteridade durará para sempre, e o seu trono, como o sol perante mim” (v.36).
Se a promessa dependesse de quem se assenta no trono, ela já teria se tornado ultrapassada e inválida com Salomão. Mas como a promessa está baseada, por um lado, em Deus, em Sua graça, fidelidade e santidade, e, por outro lado, no trono, ela não tem como ser invalidada.
c) Jesus, o Messias. Davi aparentemente percebeu isso e disse a respeito da aliança que Deus tinha feito com ele: “Foi isso ainda pouco aos teus olhos, Senhor Deus, de maneira que também falaste a respeito da casa de teu servo para tempos distantes; e isto é instrução para todos os homens, óSenhor Deus” (2 Sm 7.19).
Uma passagem paralela no livro das Crônicas, apesar de ter outras ênfases, certamente tem algum significado profético: “...e também te fiz saber que o Senhor te edificaria uma casa. Há de ser que, quando teus dias se cumprirem, e tiveres de ir para junto de teus pais, então, farei levantar depois de ti o teu descendente, que será dos teus filhos, e estabelecerei o seu reino. Esse me edificará casa; e eu estabelecerei o seu trono para sempre. Eu lhe serei por pai, e ele me será por filho; a minha misericórdia não apartarei dele, como a retirei daquele que foi antes de ti. Mas o confirmarei na minha casa e no meu reino para sempre, e o seu trono será estabelecido para sempre” (1 Cr 17.10-14).
• Aqui Salomão não é mencionado como descendente direto de Davi, que subiria ao trono, mas como o “descendente depois de ti, que será dos teus filhos”. Essa indicação não se refere nem a Salomão nem a outro filho seu, mas a um descendente futuro da linhagem de Davi.
• A possibilidade de pecado não é mencionada nesse texto, pois pelo visto esse descendente não pecará.
• Ele próprio, Seu trono e Seu reinado durarão para sempre. Não é só o trono que permanecerá para sempre, mas também a pessoa que se assenta no trono.
Essa profecia não pode estar relacionada a ninguém mais além de Jesus Cristo, que o anjo Gabriel anunciou da seguinte forma a Maria: “Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; Deus, o Senhor, lhe dará o trono de Davi, seu pai; ele reinará para sempre sobre a casa de Jacó, e o seu reinado não terá fim” (Lc 1.32-33). E por referir-se a Jesus, o Salmo 89.24 também diz: “A minha fidelidade e a minha bondade o hão de acompanhar, e em meu nome crescerá o seu poder”.
Continua...