Monte Carmelo | IAVB - Igreja Apostólica Vale da Bênção

Monte Carmelo

Quando a maior parte dos judeus ouvem o nome do Monte Carmelo (“Vinha de Deus”), eles pensam no vinho usado para celebrar os dias santos judaicos. A elevação de forma triangular, coberta de vegetação, estende-se por 21 quilômetros ao sudoeste do mar Mediterrâneo e está encravada entre o platô Menashe ao sul, a baía de Haifa ao norte e o valo de Jezreel ao leste.

Não considerado particularmente alto, o monte Carmelo atinge aproximadamente 550 metros acima do nível do mar. Sua proximidade com o Mediterrâneo traz um índice de precipitação mais elevado e, combinado com seu rico solo, faz daquela área um lugar de excelência para as plantações de uvas.

O primeiro assentamento, que se tornou a cidade de Zichron Ya’akov em 1882, foi estabelecido e se desenvolveu como resultado da produção de vinhos. A montanha proporciona uma bela vista do mar Mediterrâneo e da costa.

Embora a Bíblia descreva o monte Carmelo como bonito e frutífero (II Cr. 26:10; Is. 35:2; Jr. 46:18), a maior parte dos crentesd associa a área com uma competição sui generis. Em I Reis 18:17-40 lemos sobre o espetacular confronto do profeta Elias com 450 profetas de Baal e 400 profetas do poste-ídolo no monte Carmelo.

O Senhor havia ordenado a Elias que confrontasse o impiedoso rei Acabe de Israel. Este, durante anos, vinha desobedecendo e desafiando o Deus de Israel por abandonar Suas ordenanças (I Rs. 18:18); por permitir a adoração ao deus cananeu da fertilidade, Baal; e por permanecer ao lado de sua malévola esposa fenícia Jezabel, que havia mandado massacrar os profetas do senhor ( I Rs. 18:4).

Elias declarou se desafio ao povo: Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o; mas se Baal, segui-o. (I Rs. 18:21).

As regras da competição eram simples:

Dêem-se-nos, pois, dois novilhos; e eles escolham para si um dos novilhos, e o dividam em pedaços, e o ponham sobre a lenha, porém não lhe metam fogo; e eu prepararei o outro novilho, e o porei sobre a lenha, e não lhe meterei fogo. Então invocai o nome do vosso deus, e eu invocarei o nome do Senhor; e há de ser que o deus que responder por meio de fogo, esse será Deus. (I Rs. 18:23-24).

Os profetas de Baal foram primeiro. Eles clamavam ao que chamavam de deus, mas não receberam nada em troca. Elias começou a caçoar deles: Clamai em altas vozes, porque ele é um deus; pode ser que esteja falando, ou que tenha alguma coisa que fazer, ou que intente alguma viagem; talvez esteja dormindo, e necessite de que o acordem. (I Rs. 18:27).

Os adoradores de Baal continuaram a clamar por toda à tarde, mas não conseguiram nada. Inclusive, cortaram-se com facas e lancetas, “até derramaram sangue” (v.28). Entretanto, com tudo isso, eles ainda não receberam nenhuma resposta.

Então foi a vez de Elias. Depois de consertar o altar, ele chamou o povo e pediu que se chegasse para perto. Ele pegou os pedaços cortados do novilho e colocou-os sobre a lenha, fez uma vala ao redor do altar e ordenou que quatro cântaros de água enchessem a vala e fossem derramados sobre o sacrifício. Ele repetiu o procedimento de encharcar o local duas vezes para se certificar que a água havia transbordado do altar. Depois que orou:

Sucedeu, pois que, sendo já hora de se oferecer o sacrifício da tarde, o profeta Elias se chegou, e disse: Ó Senhor, Deus de Abraão, de Isaque, e de Israel, seja manifestado hoje que tu és Deus em Israel, e que eu sou teu servo, e que conforme a tua palavra tenho feito todas estas coisas. Responde-me, ó Senhor, responde-me para que este povo conheça que tu, ó Senhor, és Deus, e que tu fizeste voltar o seu coração. (I Rs. 18:36-37).

Subitamente, caiu fogo do Senhor e consumiu o sacrifício, a água e tudo mais. Quando os espectadores viram a clara vitória do Deus de Israel, exclamaram: O Senhor é Deus! O Senhor é Deus! (I Rs. 18:39).

O monte Carmelo nos faz lembrar que não há deus como o Deus de Israel, e que devemos nos prostrar diante d’Ele e adorar somente a Ele. (Israel My Glory).

 

Artigo escrito por: Steve Herzig que é o diretor dos ministérios norte-americanos de The Friends of Israel.

 

Transcrito por: Milton Rocha Paes